Uma entrevista com a empresa Nomad Home
O empreendedorismo por si só já desperta interesse das pessoas, mas algumas vezes a criação de uma empresa transcende o racional e começa acionar o nosso lado lúdico, criativo, e desperta em nós uma nova maneira de pensar sobre o mundo.
Foi assim que enxergamos a nossa conversa com a Nomad Home, um e-commerce criado com a intenção de criar objetos personalizados, de produção artesanal, que carregasse em si beleza, aconchego e toques de personalidade. Itens que possam passear por qualquer canto da sua casa independente de qual seja o seu estilo.
Esses ítens confundem-se com a sua própria história, fazendo com que aquele produto transmita para o comprador essa essência, essa paixão e essa nova maneira de viver a vida.
Abaixo você poderá conferir a entrevista que fizemos com a nossa cliente Ju, que nos contou os motivos que a levaram a criar a Nomad Home.
Conte-nos sua história, qual foi a origem, o que levou a ideia do seu negócio?
Iniciamos o projeto durante a pandemia. Somos uma empresa com 7 meses de vida. Antes eu trabalhava com engenharia, já que tenho especialização em materiais. Já sentia na época uma necessidade de alguns clientes de buscar coisas diferentes e personalizadas para as suas casas.
Eu gosto muito de viajar, então quis usar esse conceito no meu negócio – por isso o nome Nomad. Juntamos as viagens com a ideia dos itens personalizados, principalmente em palha, rattan e cerâmica, geralmente de produção artesanal. Além disso, os produtos sempre estão ligados a alguma viagem, a alguma história específica que as pessoas se identifiquem.
Como o negócio se desenvolveu desde o primeiro dia até agora?
Comecei a construir a empresa bem antes de fazer o produto. Abrimos um Instagram, crescemos de maneira orgânica, desenvolvemos o conceito que teríamos com a marca.
Assim, desde o dia 1 do lançamento do nosso site nós tivemos procura e vendas.
Desenvolvemos parcerias com designers do nosso estado, com ateliês e artesãos para lançamentos de coleções de cerâmicas mensais, sempre ouvindo o que as pessoas queriam e comentavam nas nossas redes sociais.
Focamos em desenvolver conteúdo sobre cada produto, contando a sua história, de onde veio, quem criou, qual o conceito e o que está por trás do produto.
Por exemplo, temos ítens para quem aprecia café e pensamos: por que não desenvolver o nosso próprio café?
Fomos até a região de Carapaó e fizemos uma curadoria para a criação de um café especial para a nossa marca em parceria com um produtor premiado da região. Contamos a viagem de criação do café no nosso blog.
Depois surgiu uma demanda de restaurantes, café e pousadas que começaram a procurar a gente por causa dos nossos produtos personalizados. Quando criamos a empresa nem imaginávamos que esse nicho se interessaria pelos produtos, mas hoje já é uma parte relevante da empresa.
Após 6 meses, com o crescimento da marca, acabei chamando uma sócia para ajudar na empresa, e estamos felizes com a evolução até agora.
Os desafios de uma empreendedora
Ter uma ideia muitas vezes é simples… o problema maior é entender como botá-la em prática e fazê-la crescer. Como gerar valor e ser notado na internet.
Olhando o exemplo da Ju, pudemos entender como ela utilizou a criação de conteúdo e apostou nas histórias por trás de seus produtos para engajar o público.
Quais foram os maiores desafios que você enfrentou criando e administrando o seu negócio?
O principal desafio é gerar valor para o produto e criar o interesse das pessoas. Isso é verdade principalmente na internet em que há várias opções para a pessoa olhar. Assim, decidimos trabalhar constantemente para produzir conteúdo que passasse a mensagem que gostaríamos, nosso conceito. É bem trabalhoso, mas tem valido a pena.
Outro desafio grande é crescer em vendas. É necessário muito trabalho e também paciência. Não adianta deixar a ansiedade tomar conta de você.
Qual foi o momento de maior orgulho gerenciando o seu negócio?
Acho que nessa última Black Friday foi bem legal… foi nossa primeira, nós nem sabíamos bem o que esperar. Então, tentamos organizar a questão de produção de conteúdo e tivemos muitas vendas. Foi um momento bem interessante.
O café também foi um lançamento muito legal.. esgotou em menos de 24h. E quando lançamos as nossas cerâmicas também.. esgotaram em menos de 2h. Foi bem legal.
Quando você criou seu site? Você fez tudo por si só ou alguém te ajudou? Você tem conhecimento em criação e manutenção de site?
Quem desenvolveu o site foi o meu namorado que é web designer. Ele utiliza a hospedagem da Hostinger também em outros projetos. Sempre comentou sobre a fácil configuração e acesso ao e-mail.
Seu site te ajudou a alcançar os objetivos do seu negócio? Como?
Sim, ajudou. A internet possibilita alcançar milhares de pessoas. O site ajudou muito por que se você consegue criar uma boa história em rede social, quando você agrega isso com o site, vende para lugares que nem sabia que existia no Brasil.
Fora da internet isso nunca seria possível, por exemplo, se eu tivesse uma loja física. Consigo chegar na casa de pessoas do país inteiro.
E o site é essencial para profissionalizar o seu negócio. As pessoas têm mais confiança, lá tem seu contato, o cnpj, então a pessoa olha, confia e compra.
A contribuição com a sociedade
Valorizar os pequenos artesãos e as comunidades por que passou valoriza ainda mais a história por trás dos produtos da Nomad Home. Cada um desses produtos é único, possui uma história e quase um DNA próprio.
Como o seu negócio contribui para a sociedade?
A ideia sempre foi procurar artesanatos para valorizar o pequeno negócio, gerar renda para outras pessoas, valorizar o trabalho manual de outros lugares.
Quem comprou sabe que tem um produto exclusivo. As pessoas passaram a buscar o feito a mão, um produto que tenha uma história por trás… “isso aqui quem fez foi o fulano de tal”, então nossa peça tem assinatura e tem história.
O que você ama sobre o seu negócio?
Acho que amo contar as histórias dos itens para as pessoas, de passar a sensação de “leve um pedaço mundo para a sua casa”. A gente sempre traz pedaços de cada lugar que viajamos para levar às pessoas. “Tenho um pedaço da Bahia na minha casa, um pedaço do Marrocos ou Indonesia”, queremos passar esse conceito para as pessoas.
Nessa última linha de cerâmica, por exemplo, fomos marcados em um almoço de família. Eu amo fazer parte desses momentos na vida das pessoas. De um almoço de domingo.
Qual relacionamento você tem com seus clientes?
A sensação que eu tenho é que estamos criando um relacionamento cada vez mais próximo. Temos alguns clientes muito fiéis. Nós lançamos curadorias mensais, então todo mês há uma coleção com itens de acordo com a campanha que pensamos. Sempre trazemos coisas novas, gerando o desejo do que vem por aí no próximo mês.
Começamos a perceber que os clientes já ficam nessa expectativas de criar e cocriar com a gente. As cerâmicas a gente faz de acordo com o que eles querem. Perguntamos, engajamos o público e formatamos nosso produto de acordo com a troca com os cliente.
Vou dar dois exemplos de como esse relacionamento tem sido:
Em uma situação estávamos vendendo uma toalha branca de linho, mas a forma que apresentamos levando nosso conceito, a pessoa entrou em contato dizendo que quando viu o vídeo eu tive um déjà vu… essa emoção que você cria na pessoa é incrível.
Outro relato foi de uma cliente que comprou vasos de antiguidades. Ela colocou na casa dela e todo mundo perguntou sobre o vaso. Ela sabia a história para contar para outras pessoas, pois tinha lido nas nossas comunicações e todo mundo “viajava” junto com a gente… não é só o produto em si. Criamos uma conexão.
Clientes que reconhecem suas histórias
Há algo melhor que um cliente saber de cor a história por trás do seu produto? Dessa forma conseguimos medir o engajamento gerado e imaginar o brilho nos olhos dos consumidores.
Quais os futuros planos para a sua marca?
Já temos algumas viagens agendadas para o próximo ano para fora do país. Vamos trazer itens desses lugares e manter o contato direto para sempre ter esses itens.
Desejamos aumentar nossa comunidade, provavelmente vamos criar pequenos móveis e aumentar o leque de produtos.
Se você pudesse mudar 1 coisa em criar e gerenciar seu negócio no passado, o que você mudaria?
Olha… o tráfego pago foi uma coisa que demorei a fazer porque não sabia se iria funcionar e realmente funciona. Funciona especialmente se você trabalhar junto com conteúdo… foi muito interessante.
Outra coisa importante é ter um pouco de calma. Às vezes a gente coloca o site e acha que os clientes vão pingar ali, mas a internet também exige muito trabalho. Você precisa criar essa necessidade das pessoas.
Depois que você passa o começo que é mais complicado, parece que se adequa e tudo fica mais fácil.
Quais sugestões você daria para quem tem ideia de um negócio, mas tem medo de começar?
Quem quer começar online: tenha um site desde o dia 1 porque isso vai te dar credibilidade, vai profissionalizar o negócio. Não tem como ir para o online se não tiver um site.
Em relação aos produtos, sugiro contar mais a história deles. As pessoas se interessam por histórias e precisam enxergar esse valor no online, já que ela não pode tocar no produto fisicamente, então você precisa criar esse sentimento nela.
Outra coisa importantíssima é ter boas fotos. Isso dá mais credibilidade. Quando você tem boas fotos, o negócio é impulsionado e vende mais.
E, claro, não desistir, vá com calma, todo negócio é assim mesmo!
Esse texto faz parte da ação Negócios Reais. Queremos contar histórias de verdade que ajudem nossos clientes a se inspirarem e a desenvolverem seus negócios online. Afinal, a missão da Hostinger é dar empoderamento para milhões de pessoas ao redor do mundo ajudando-as a usarem o poder da internet para aprender, criar e crescer com seus negócios.