Como testar um web app: 8 etapas essenciais

Como testar um web app: 8 etapas essenciais

O teste é uma etapa crucial no processo desenvolvimento de web apps. Ele garante que os web apps funcionarão corretamente, de forma segura e oferecendo uma experiência de usuário perfeita.

Mais que isso, pular a etapa de testes pode causar bugs, problemas de desempenho e vulnerabilidades de segurança que expõem os dados dos usuários e prejudicam a sua reputação. Para evitar esses riscos, você deve aprender como testar um web app antes de colocá-lo no ar.

É para isso que estamos aqui: neste guia, explicaremos os principais tipos de teste de web apps, compartilharemos dicas práticas e recomendaremos ferramentas para simplificar o processo. Ao final, você poderá testar seus web apps por conta própria, seja para lançar um novo projeto ou para melhorar um já existente.

O que é teste de web apps?

O teste de web apps envolve avaliar a funcionalidade, o desempenho e a segurança de um web app com base em padrões de qualidade. Isso ajuda a identificar problemas — como recursos quebrados, interface de usuário (UI) ruim, tempos de resposta lentos e autenticação fraca — antes de liberar o aplicativo para os usuários.

Para testadores de garantia de qualidade (QA), o teste de web apps pode detectar problemas antecipadamente, melhorar a estabilidade e evitar correções caras e trabalhosas após a implementação. Como resultado, o aplicativo atenderá aos requisitos funcionais básicos, funcionará em diferentes dispositivos e navegadores e lidará com tráfego inesperado sem travar.

Um teste completo de web app geralmente segue esse ciclo de vida:

  1. Planejamento dos testes – defina os objetivos, o escopo e a estratégia dos testes.
  2. Planejamento dos casos de teste – crie casos de teste detalhados com base nos requisitos do aplicativo e no comportamento esperado dos usuários.
  3. Configuração do ambiente de teste – prepare as ferramentas, os dispositivos e as configurações necessárias para o teste.
  4. Execução dos testes – execute casos de teste, detecte problemas e relate as descobertas.
  5. Correção de bugs – colabore com os desenvolvedores para resolver os problemas identificados.
  6. Re-teste e teste de regressão – verifique as correções e verifique se as novas alterações não quebram os recursos existentes.
  7. Encerramento do teste – analise os resultados, documente as lições aprendidas e prepare-se para a implementação.

Como testar um web app

Antes de testar um web app personalizado, certifique-se de ter desenvolvido todos os recursos desejados, seja por meio de programação manual (com linguagens e frameworks de programação) ou usando ferramentas baseadas em IA — como a Hostinger Horizons, que permite criar e publicar um web app completo simplesmente conversando com a inteligência artificial.

Em seguida, configure um ambiente de teste dedicado que espelhe seu projeto ao vivo. Para isso, você precisará configurar os servidores, bancos de dados e serviços externos dos quais seu aplicativo depende. Use ferramentas de conteinerização, como o Docker, para manter a consistência em todos os estágios do teste.

Em seguida, selecione as ferramentas corretas com base nos tipos de teste que você realizará. Abordaremos essas ferramentas mais adiante neste artigo.

Quando tudo estiver pronto, teste seu web app com diferentes tipos de teste. Cada tipo se concentra em uma área específica para garantir uma avaliação completa — vamos conferir todos eles logo abaixo.

1. Teste de funcionalidade

O teste de funcionalidade garante que os principais recursos de um web app funcionem conforme o esperado. Esse tipo de teste verifica se os principais componentes — como registro de usuário, login/logout, envio de formulários e navegação na página — funcionam corretamente em todas as condições.

Ele ajuda a identificar recursos quebrados, erros lógicos e comportamentos inconsistentes no aplicativo.

Como executar um teste de funcionalidade

  1. Defina os cenários de teste – crie cenários detalhados para os principais recursos. Cada cenário deve especificar entradas, resultados esperados e etapas para executar o teste.
  2. Realize testes manuais ou automatizados – teste manualmente recursos simples, como validação de formulários ou navegação. Use ferramentas de automação como o Selenium para tarefas repetitivas, como login/logout e entrada de dados.
  3. Garanta o tratamento adequado dos erros – simule erros, como a inserção de credenciais de login incorretas, para confirmar que o aplicativo trata os erros sem travar.
  4. Rastreie e documente os defeitos – registre os problemas, categorize a gravidade deles e monitore a resolução durante todo o processo de teste.

Principais métricas a serem monitoradas

  • Cobertura do teste – a porcentagem de recursos do aplicativo cobertos pelos testes.
  • Taxa de defeitos – o número de defeitos ou testes com falha detectados.
  • Número de casos de teste bem-sucedidos – o número total de casos de teste aprovados sem erros.

Práticas recomendadas para testes de usabilidade

  • Priorize os recursos de alto risco – concentre-se primeiro nas funções críticas, como autenticação de usuários e processamento de pagamentos.
  • Verifique a capacidade de resposta da interface – verifique se todos os elementos da interface de usuário funcionam corretamente em vários dispositivos e resoluções de tela.
  • Teste fluxos de trabalho de ponta a ponta – simule ações reais do usuário para verificar se fluxos de trabalho complexos, como compras ou formulários de várias etapas, funcionam sem problemas.

2. Teste de usabilidade

O teste de usabilidade avalia a facilidade com que os usuários podem interagir com um web app. O objetivo é garantir uma experiência suave e intuitiva, identificando e corrigindo problemas como navegação confusa, design inconsistente e texto difícil de ler.

A realização de testes de usabilidade pode aumentar a satisfação do usuário, melhorar a usabilidade geral do aplicativo e garantir a conformidade com as WCAG (Diretrizes de Acessibilidade para Conteúdo Web).

Como executar um teste de usabilidade

  1. Defina os objetivos do teste – identifique as áreas específicas que você deseja avaliar, como o fluxo de navegação, o preenchimento de formulários ou a conformidade com a acessibilidade.
  2. Convide usuários reais – realize sessões de teste com indivíduos do seu público-alvo. Observe o comportamento deles ao concluírem tarefas predefinidas.
  3. Colete e analise o feedback – use ferramentas como Hotjar ou Maze para obter insights por meio de mapas de calor, registros de sessões e pesquisas. Concentre-se nas áreas em que os usuários têm dificuldades ou abandonam as tarefas.
  4. Analise o comportamento do usuário – registre como os usuários interagem com o seu web app. Identifique pontos problemáticos, como dificuldades de navegação ou instruções pouco claras, e priorize as melhorias com base no feedback.

Principais aspectos a se concentrar

  • Taxa de sucesso da tarefa – a porcentagem de usuários que concluem uma tarefa específica com êxito.
  • Tempo na tarefa – o tempo que os usuários levam para concluir tarefas como preencher um formulário ou fazer uma compra.
  • Conformidade com a WCAG – certifique-se de que seu web app seja acessível a todas as pessoas, inclusive usuários com deficiências. Forneça contraste de cores adequado, navegação por teclado e um leitor de tela.

Práticas recomendadas para testes de usabilidade

  • Convide diversos usuários – inclua participantes de diferentes contextos e habilidades para obter um feedback completo.
  • Mantenha o ambiente de teste neutro – permita que os usuários explorem seu web app livremente enquanto realizam tarefas específicas.
  • Observe sem interferir – evite orientar os usuários durante os testes. Deixe que eles resolvam as coisas de forma independente para descobrir problemas reais de usabilidade.
  • Teste em vários dispositivos – garanta uma experiência consistente em desktops, tablets e dispositivos móveis.

3. Teste de interface

Nos testes de interface, você verifica as interações entre diferentes componentes do web app, como front-end, servidor web, banco de dados e serviços de terceiros, como APIs.

Esse teste pode ajudar a detectar incompatibilidades nos dados, falhas de transferência, problemas de integração de módulos e respostas incorretas de API. Ele garante um fluxo de dados preciso e uma comunicação perfeita entre todos os componentes.

Como executar um teste de interface

  1. Identifique as principais interfaces – liste todas as interfaces que seu aplicativo usa, incluindo APIs internas, serviços externos e conexões de banco de dados.
  2. Defina casos de teste – identifique possíveis interações entre os módulos, como a recuperação de dados de APIs ou a atualização do banco de dados após a entrada do usuário.
  3. Avalie a transferência de dados – certifique-se de que os dados sejam transferidos corretamente entre os componentes. Por exemplo, verifique se as informações enviadas pelo usuário no front end aparecem com precisão no banco de dados.
  4. Verifique o tratamento de erros – simule erros enviando solicitações de API inválidas ou desconectando-se do banco de dados. Confirme se o sistema lida com eles de forma adequada com mensagens de erro apropriadas.

Principais aspectos e métricas para se concentrar

  • Consistência da interface do usuário – a uniformidade da interface do usuário em diferentes módulos e interações.
  • Precisão da transferência de dados – a porcentagem de dados transferidos corretamente entre os componentes.
  • Tempo de resposta – o tempo que um módulo leva para responder a uma solicitação.
  • Taxa de erro – a frequência de erros que ocorrem durante a comunicação entre os módulos.

Práticas recomendadas para testes de interface

  • Automatize testes repetitivos – use ferramentas como SoapUI ou Postman para testes mais rápidos e confiáveis de respostas de API e validação de dados.
  • Teste de casos extremos – inclua cenários extremos, como alta carga do servidor, dados incompletos ou serviços externos com falha, para confirmar a estabilidade do sistema em diferentes condições.

4. Teste de banco de dados

O teste de banco de dados avalia a camada de banco de dados de um web app para que todas as operações, como armazenamento, recuperação e atualização de dados, sejam precisas e eficientes.

Esse tipo de teste ajuda a identificar corrupção de dados, relacionamentos incorretos entre tabelas, consultas lentas ou ineficazes ao back-end e vulnerabilidades como injeção de SQL. Ao testar minuciosamente o banco de dados, você pode confirmar que seu web app armazena e recupera dados exatamente como os usuários os inserem.

Como executar um teste de banco de dados

  1. Verifique as operações CRUD – teste as operações de criação, leitura, atualização e exclusão (CRUD) para garantir o tratamento adequado dos dados. Por exemplo, verifique se o registro do usuário adiciona um novo registro ao banco de dados e se a atualização das informações do perfil modifica os campos corretos.
  2. Realize a validação de dados – certifique-se de que os dados atendem aos formatos esperados, como valores numéricos e formatos de data. Verifique se as mensagens de erro adequadas aparecem quando a validação falha.
  3. Verifique as restrições do banco de dados – teste as chaves primárias, as chaves estrangeiras e as restrições exclusivas para manter a integridade dos dados e evitar a duplicação.
  4. Teste a indexação e o desempenho da consulta – meça os tempos de resposta da consulta usando consultas complexas, como junções de várias tabelas e consultas combinadas, para avaliar o desempenho e a recuperação de dados.
  5. Avalie a segurança dos dados – simule ataques de injeção de SQL para verificar se o banco de dados está protegido contra acesso não autorizado.

Principais métricas a serem monitoradas

  • Precisão dos dados – a porcentagem de registros que correspondem aos valores esperados.
  • Discrepâncias de dados – a frequência de inconsistências encontradas entre tabelas relacionadas.
  • Tempo de resposta da consulta – o tempo médio que o banco de dados leva para executar as consultas.

Práticas recomendadas para testes de banco de dados

  • Use ferramentas de automação – automatize as tarefas de rotina com ferramentas como o DbFit ou o SQL Server Management Studio (SSMS) para acelerar a validação e reduzir os erros.
  • Teste grandes conjuntos de dados – simule altas cargas de dados para confirmar que o banco de dados tem um bom desempenho sob alto tráfego e grandes volumes de dados.

5. Teste de compatibilidade

O teste de compatibilidade confirma que um web app funciona em diferentes navegadores, dispositivos, sistemas operacionais e resoluções de tela. Como os navegadores usam diferentes mecanismos de renderização e os dispositivos têm diferentes comportamentos de hardware e sistema operacional, esse teste ajuda a evitar problemas inesperados.

Este é um teste muito importante, pois pulá-lo pode resultar em distorções de layout, elementos interativos quebrados ou renderização inconsistente de fontes, o que pode frustrar os usuários e afastá-los.

Como executar um teste de compatibilidade

  1. Defina ambientes de teste – identifique os navegadores, os sistemas operacionais e os dispositivos mais usados pelo seu público-alvo.
  2. Realize testes entre navegadores – use ferramentas como BrowserStack ou Sauce Labs para verificar como o aplicativo se comporta em navegadores como Chrome, Firefox, Safari, Edge e Opera.
  3. Teste a capacidade de resposta em todos os tamanhos de tela – verifique se os elementos da interface do usuário se ajustam corretamente em diferentes resoluções de tela, de desktops a dispositivos móveis.
  4. Avalie a compatibilidade do dispositivo – teste o aplicativo em dispositivos reais e emuladores para garantir uma funcionalidade suave no Android, iOS, Windows, macOS e Linux.
  5. Verifique o suporte a recursos – algumas versões mais antigas de navegadores podem não oferecer suporte a funções CSS, JavaScript ou APIs modernas. Use as ferramentas do desenvolvedor do navegador para detectar e resolver esses problemas.

Principais métricas a serem monitoradas

  • Taxa de sucesso dos navegadores – a porcentagem de navegadores compatíveis que renderizam o aplicativo corretamente.
  • Taxa de sucesso dos dispositivos – a porcentagem de dispositivos testados em que o aplicativo funciona sem grandes problemas.

Práticas recomendadas para testes de compatibilidade

  • Priorize os testes em navegadores e dispositivos populares – use a análise para determinar quais plataformas seus usuários acessam mais.
  • Teste versões de navegadores novos e antigos – assegure a compatibilidade com versões anteriores dos browserspara os usuários que ainda usam navegadores mais antigos.
  • Use emuladores e dispositivos reais – os emuladores são ótimos para verificações rápidas, mas os testes em dispositivos reais (computador e smartphone, por exemplo) fornecem os resultados mais precisos.
  • Atualize regularmente os ambientes de teste – à medida que os navegadores e as versões do sistema operacional evoluem, atualize seus ambientes de teste para detectar novos problemas de compatibilidade. 

6. Teste de desempenho

Como o nome sugere, o teste de desempenho avalia o desempenho de um aplicativo web em diferentes condições, incluindo períodos regulares e de pico de tráfego.

Ao identificar limites de escalabilidade, gargalos de recursos e tempos de resposta lentos, esse teste garante que o aplicativo poderá lidar com altas cargas de usuários e processar solicitações de forma eficiente sem lentidão ou falhas.

Como executar um teste de desempenho

  1. Defina metas de desempenho – defina padrões de referência para o tempo de resposta, o uso de recursos do servidor e o número máximo de usuários simultâneos com base nos requisitos do aplicativo.
  2. Use ferramentas de teste de carga – ferramentas como Apache JMeterGatling ou Locust simulam cargas de alto tráfego e medem as métricas de desempenho.
  3. Execute diferentes tipos de testes de desempenho:
    • Teste de carga – simula o tráfego de usuários normal e de pico para avaliar o desempenho do aplicativo sob cargas esperadas.
    • Teste de estresse – leva o sistema além da capacidade normal para determinar seu ponto de ruptura.
    • Teste de escalabilidade – avalia a capacidade de adaptação do aplicativo quando são adicionados mais usuários ou recursos.
  4. Monitore os recursos do sistema – rastreie o uso da CPU, da memória e da largura de banda durante o teste para detectar possíveis sobrecargas.

Principais métricas a serem monitoradas

  • Tempo de resposta – o tempo que o servidor leva para processar e responder a uma solicitação.
  • Número de usuários simultâneos – o número máximo de usuários com os quais o aplicativo pode lidar simultaneamente sem prejudicar o desempenho.
  • Taxa de erro sob carga – a porcentagem de solicitações com falha quando o sistema está sob tráfego intenso.

Práticas recomendadas para testes de desempenho

  • Combine testes de desempenho e funcionalidade – certifique-se de que todos os recursos principais funcionem conforme o esperado sob carga.
  • Otimize com base nas descobertas – use ferramentas de criação de perfis, como o New Relic ou o Datadog, para identificar códigos ineficientes, consultas lentas e processos que consomem muitos recursos.
  • Monitore continuamente o desempenho – implemente o acompanhamento do desempenho em tempo real para detectar problemas antes que eles afetem os usuários.

7. Teste de segurança

Os testes de segurança identificam vulnerabilidades em um web app e garantem que as informações confidenciais permaneçam protegidas contra ameaças cibernéticas. Ele ajuda a evitar acessos não autorizados, violações de dados, ataques XSS e de injeção.

Ao testar as vulnerabilidades do seu web app, você pode fortalecer os mecanismos de autenticação, autorização e criptografia de dados, reduzindo os riscos que podem levar a perdas financeiras, consequências legais ou danos à sua reputação.

Como executar um teste de segurança

  1. Identifique os requisitos de segurança – defina quais aspectos de segurança precisam ser testados, como autenticação de usuário, controles de acesso a dados e protocolos de criptografia.
  2. Use ferramentas de teste de segurança – ZAPBurp Suite Nikto podem verificar vulnerabilidades como injeção de SQL, scripts entre sites e configurações incorretas de segurança.
  3. Execute testes de penetração para identificar manualmente:
    • Injeção de SQL (SQLi) – explora consultas de banco de dados fracas para acessar ou modificar dados confidenciais.
    • Cross-site scripting (XSS) – injeta scripts maliciosos nas páginas da web visualizadas pelos usuários.
    • Falsificação de solicitação entre sites (CSRF) – induz os usuários a realizar ações não intencionais.
  4. Teste a autenticação e a autorização – certifique-se de que as políticas de senha, a autenticação de múltiplos fatores (MFA) e o controle de acesso baseado em função (RBAC) funcionem corretamente.
  5. Verifique a criptografia de dados – confirme se os dados confidenciais são criptografados durante a transmissão e o armazenamento usando a criptografia TLS (Transport Layer Security) e AES.
  6. Analise os cabeçalhos e as configurações de segurança – verifique se a Política de Segurança de Conteúdo (CSP), o HTTP Strict Transport Security (HSTS) e o Compartilhamento de Recursos entre Origens (CORS) estão implementados corretamente para evitar explorações comuns.

Principais métricas a serem monitoradas

  • Número de vulnerabilidades – o número total de falhas de segurança detectadas durante o teste.
  • Gravidade dos riscos – o nível de impacto de cada vulnerabilidade, categorizado como baixo, médio, alto ou crítico.
  • Tempo de resposta para corrigir problemas – o tempo necessário para corrigir e atenuar as vulnerabilidades identificadas.

Práticas recomendadas para testes de segurança

  • Integre os testes de segurança ao ciclo de desenvolvimento – use as práticas de DevSecOps para testar a segurança continuamente.
  • Atualize regularmente as ferramentas de segurança e as bibliotecas – dependências desatualizadas podem introduzir vulnerabilidades.
  • Instrua a equipe de desenvolvimento – treine os desenvolvedores em práticas de programação segura para minimizar os riscos desde o início.

8. Teste de massa

Os testes de massa (crowdtesting) envolvem testadores externos, geralmente de diferentes locais, dispositivos e redes, para avaliar um web app em condições reais.

Essa abordagem ajuda a descobrir bugs e problemas de usabilidade que podem não aparecer em ambientes de teste controlados. Ela fornece feedbacks diversificados sobre funcionalidade, desempenho e compatibilidade entre dispositivos, garantindo uma melhor experiência do usuário em várias plataformas.

Como realizar testes de massa

  1. Defina os objetivos do teste – identifique os principais aspectos do web app a serem testados, como funcionalidade, usabilidade, desempenho ou segurança.
  2. Escolha uma plataforma de teste coletivo – use plataformas como Test.iouTest ou Applause, que conectam empresas com testadores profissionais em todo o mundo.
  3. Recrute testadores diversificados – inclua participantes de diferentes localizações geográficas, formações técnicas e dispositivos para maximizar a cobertura do teste.
  4. Distribua cenários de teste – forneça casos de teste estruturados, como testes de envio de formulários, avaliação da capacidade de resposta da interface do usuário e avaliação do desempenho em conexões instáveis.
  5. Colete e analise o feedback – reúna os relatórios de testadores sobre bugs, problemas de usabilidade e preocupações com o desempenho usando registros detalhados, capturas e gravações de tela.

Principais aspectos e métricas a serem monitorados

  • Taxa de descoberta de bugs – o número de problemas encontrados a cada ciclo de teste.
  • Diversidade dos cenários de teste – a variedade de casos de teste executados em diferentes navegadores, dispositivos e ambientes.

Práticas recomendadas para testes de massa

  • Combine testes exploratórios e estruturados – permita que os testadores explorem livremente o aplicativo enquanto seguem cenários de teste predefinidos.
  • Incentive relatórios detalhados – peça aos testadores que forneçam capturas de tela, registros e relatórios de bugs passo a passo para maior clareza.

Ferramentas úteis para testar seu web app

Abaixo, separamos uma lista com algumas das principais ferramentas de teste, categorizadas pela função principal de cada uma:

Ferramentas de teste automatizadas

  • Selenium – automatiza testes em vários navegadores e plataformas. Oferece suporte a várias linguagens de programação, incluindo Java, Python e C#.
  • Katalon Studio – uma ferramenta de automação para testes de Web, API e dispositivos móveis. Sua interface intuitiva a torna adequada para testadores iniciantes e avançados.

Ferramentas para testes de segurança

  • Zed Attack Proxy (ZAP) – detecta vulnerabilidades de segurança em web apps durante o desenvolvimento e os testes.
  • Burp Suite – ajuda a mapear, identificar e explorar vulnerabilidades de segurança em web apps.

Ferramentas para testes de qualidade do código

  • SonarQube – inspeciona continuamente a qualidade do código, detectando bugs, vulnerabilidades e códigos maliciosos em várias linguagens de programação.
  • ESLint – identifica padrões problemáticos em JavaScript, ajudando a manter a qualidade e a consistência do código.

Ferramentas para testes de carga

  • Apache JMeter – testa o comportamento funcional e mede o desempenho do web app. Oferece suporte a recursos estáticos e dinâmicos.
  • OpenText Professional – prevê o comportamento e o desempenho do sistema, ajudando a detectar e resolver possíveis problemas antes da implementação.

Ferramentas para testes de usabilidade

  • UserTesting – fornece feedback de vídeo em tempo real dos usuários que interagem com o seu aplicativo, dando insights sobre a experiência do usuário.
  • Lookback – uma plataforma para pesquisa de usuários, que oferece suporte a entrevistas ao vivo e testes autoguiados, capturando as interações e o feedback dos usuários.

Ferramentas para testes entre navegadores

  • BrowserStack – permite o teste de web apps em vários navegadores e dispositivos sem a necessidade de configurações locais.
  • LambdaTest – fornece uma infraestrutura de nuvem dimensionável para testes entre navegadores em tempo real, garantindo a compatibilidade entre diferentes versões de navegadores e dispositivos.

Conclusão

O teste de web apps garante que seu aplicativo seja confiável, seguro e de alto desempenho em diferentes ambientes. Ao realizar todos os testes adequados, você pode detectar e corrigir problemas antecipadamente, evitando gargalos de desempenho, vulnerabilidades de segurança e problemas de compatibilidade.

Neste guia, falamos sobre os principais tipos de testes de web apps, desde verificações de funcionalidade e compatibilidade até avaliações de segurança. Escolher os métodos e ferramentas de teste corretos te ajudará a criar um web app que atenda aos padrões do setor e às expectativas dos usuários.

Depois de testar seu web app cuidadosamente, é hora de colocá-lo  no ar para que ele esteja ativo e pronto para receber visitantes. Após o lançamento, divulgue seu web app na internet e nas redes sociais para atrair mais usuários e aumentar seu público. 

Se você tiver dúvidas sobre testes de web apps, fique à vontade para perguntar nos comentários abaixo!

Perguntas frequentes sobre como testar um web apps

Como faço para testar meu web app?

Para testar seu web app, configure um ambiente de teste dedicado, escolha as ferramentas certas e execute diferentes tipos de testes, incluindo testes de funcionalidade, usabilidade, segurança e desempenho. Corrija imediatamente os problemas identificados e, em seguida, teste novamente para garantir a estabilidade antes de implantar o aplicativo em um servidor.

Quais são os tipos de teste de web apps?

Os testes de web apps incluem testes de funcionalidade (verificação dos principais recursos), testes de usabilidade (garantia de uma experiência de usuário tranquila), testes de interface (verificação de como os componentes interagem), testes de banco de dados (validação da integridade dos dados), testes de compatibilidade (garantia de suporte a vários navegadores e dispositivos), testes de desempenho (medição da velocidade e da escalabilidade), testes de segurança (identificação de vulnerabilidades) e testes de massa (coleta de feedback de usuários reais).

Com que frequência devo testar meu web app?

Seu web app deve ser testado regularmente, mas os testes são especialmente importantes antes do lançamento de um novo aplicativo, da implementação de novos recursos, do lançamento de atualizações ou de alterações no código. Execute testes automatizados continuamente para detectar problemas antecipadamente, enquanto os testes manuais devem ocorrer periodicamente para detectar problemas de usabilidade no mundo real.

Author
O autor

Bruno Santana

Jornalista formado pela Universidade Federal da Bahia e Especialista em Marketing de Conteúdo na Hostinger, onde atuo na criação e otimização de artigos úteis, envolventes e criativos em áreas como desenvolvimento web e, marketing. Além disso, sou colaborador eventual do site MacMagazine e da editoria de cultura do Jornal A Tarde, fascinado por arte, culinária e tecnologia.